Ajudar, tornar possível, mostrar como fazer e como são capazes é, certamente, um dos principais papéis que os pais desempenham na vida dos seus filhos. E bem.
Mas como escrevi há poucos dias: ” Qualquer ajuda desnecessária é um obstáculo ao desenvolvimento” decidi apresentar-vos formas diferentes de ajudar nas tarefas, atividades e jogos que poderão fazer juntos no vosso dia-a-dia. Porque até para ajudarmos com eficácia as nossas crianças, precisamos saber adequar a ajuda que damos de forma a que seja cada vez mais independente e atinja as suas aprendizagens com sucesso.
Comecemos pelas ajudas mais invasivas – no sentido em que implicam maior manipulação e ajuda física – e que, consequentemente, se traduzem em ajudas que implicam uma menor independência à criança.
Ajuda Total – Ajudamos com manuseamento total (mão sobre mão) de forma a que a criança realize a atividade. Ex: adulto coloca a sua mão sobre a da criança e pintam o desenho.
Ajuda Parcial – Ajudamos apenas um um breve contato físico. Ex: tocar no cotovelo para que a criança se lembre de inclinar o copo para beber a água até ao fim.
Modelagem – O adulto realiza a atividade e pede à criança para a realizar também. Ex: o adulto lava os dentes e a criança faz igual frente a frente
Gestual – Fazer um gesto ou apontar que ajude a criança a saber o que fazer. Ex: recordar a criança de como poderá recortar um desenho fazendo o gesto do movimento da tesoura.
Verbal – Dizer à criança o passo-a-passo pela linguagem e a criança faz a atividade sozinho. Pode ser ajuda verbal total ou parcial. Ex: aprender a dizer as vogais, verbalizando-as e pedindo à criança que as vá repetindo.
Visual – Implica mostrar um vídeo, uma imagem, um desenho, uma fotografia que permita à criança ver e fazer aquilo que vê nesse material de apoio. Ex: realizar um boneco em plasticina após ver uma imagem de uma figura em plasticina.
“Ajudou”? 🙂
Lembrem-se sempre: uma boa ajuda é aquela que conduz à independência à criança ao longo do tempo!
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