As preocupações e sinais de alerta felizmente alertam cada vez mais as famílias e professores para encaminhar as crianças para o devido acompanhamento terapêutico. Isto é bom? É ótimo! ❤

Agora, temos de trabalhar e reforçar a próxima fase: o acompanhamento terapêutico não pode ser só dirigido para a criança…e os resultados e mudanças não podem cair só nos ombros da criança.

✨A criança é o ser em formação, em desenvolvimento, é aquela que precisa do nosso apoio, da nossa capacidade de adaptação, da nossa escuta, que precisa que saibamos não encarar os seus comportamentos mais desafiantes ou considerados desajustados como algo pessoal e diretamente dirtigido a nós, só porque ‘ela tem prazer em fazer isso contra mim’.

❣Coloquem-se na sua pele: quando estão numa fase de incompreensão de si mesmos, ou numa fase de consciência de dificuldades e necessidas às quais não está a conseguir dar resposta, o que mais procuram? Serem apontados como aquele que está mal e o único que tem de mudar ? Ou ajuda mais quando temos quem nos escute, nos faça dar um passo-a-passo, respeitando o nosso ritmo de superação e iniciativa sem olhar, quem nos faça refletir e expressar aquilo que sentimos sem medo do julgamento? Tenho a certeza de que sei a vossa resposta.

👉Quando me chegam famílias e professores com o discurso ‘Ele precisa mudar de comportamento…’, ‘ porque ela não pode continuar assim’, devolvo sempre com a questão: e o que neste momento, poderá estar a acontecer no seu contexto que poderá levar a criança a ter essas dificuldades, necessidades ou comportamentos? Que respostas a criança encontra? Que efeito poderão ter essas respostas do seu contexto, no presente, para estas dificuldades/necessidades ou comportamentos?

👉Por norma, quase sempre, inicia-se aqui um processo de consciencialização por parte quer da família quer da escola de que a mudança não pode cair apenas sobre a criança. A responsabilização pode ou não acontecer, mas a caixa ‘mexe’ eu sei. A mudança tem de passar sim, por todos os envolvidos neste processo e com relação com a criança.

❤ Saibamos nos adaptar, refletir mais sobre como e o que podemos fazer diferente – e de forma, consistente e coerente – na nossa relação com a criança que queremos ajudar! E saibamos que as mudanças não acontecem da noite para o dia, nem as nossas nem as da criança. As mudanças, por vezes, levam-os a mais descobertas pelo caminho e à necessidade de nos readaptarmos. As mudanças exigem compromisso, autoresponsabilização, consciência e flexibilidade. ❣

Todos os envolvidos precisam aceitar mudanças.

Aceitas aquilo que tens de mudar para conseguir ajudar a criança?

Sê modelo para a criança de que é possível mudar, que estamos sempre a um passo de poder fazer diferente e que a mudança é positiva. ⚡

#MaisQEspecial

About the author

Psicomotricista, apaixonada por conhecer e partilhar. Autora do blog 'Mais q'Especial'.

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