Lateralidade – Terceiro Factor Psicomotor
A lateralidade relaciona-se com a nossa perceção sobre os lados do corpo e, progressivamente, com a preferência pela utilização de um dos nossos lados do corpo.
Se acham que a lateralidade é apenas manual, não!
Quando falamos em lateralidade falamos na manual, na ocular, na auditiva e na pedal (os pézitos).
A partir dos 2/3 anos começa-se a aperfeiçoar e a amadurecer esta questão da lateralidade sendo que se poderá considerar uma lateralidade definida por volta dos 7 anos. – Atenção: é normal que ao longo de todo este período que exista uma instabilidade na dominância!
Sinal de uma lateralidade mal definida:
– Quando se verifica uma alternância constante na atividade das partes do corpo. Ou seja, por exemplo:
– Escreve com a esquerda, segura a colher com a mão direita;
– Olha por um canudo com o olho direito e olha por um buraco numa folha de papel com o olho esquerdo;
– Pontapeia com o pé esquerdo e salta ao pé coxinho com o pé direito.
Curiosidade: existem pessoas que utilizam o lado direito para tudo o que são ações com a mão mas depois utilizam, preferencialmente, o lado esquerdo nas ações com os pés. Isto é definido como lateralidade cruzada.
Sem uma tonicidade ajustada e um equilíbrio estável, é difícil que a criança tenha oportunidade para explorar a sua lateralidade. Por exemplo, se uma criança nem se mantém em equilíbrio sentada numa cadeira, não tem a oportunidade para começar a explorar movimentos e ações que envolvam a dominância de um dos seus lados de forma organizada, como o manuseio de lápis ou outros objetos.
A lateralidade bem definida tem um impato significativo na noção de corpo, no sentido de orientação das crianças e na própria aprendizagem académica!
Estejam atentos!
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