Ainda sobre o Brincar na Terapia! 😄
Nas sessões não são os brinquedos que determinam aquilo que vamos trabalhar. Mas sim, os nossos objetivos a alcançar que nos ajudam a definir a forma como vamos usar determinado brinquedo em determinada brincadeira!
Ora vamos para exemplos práticos:
1. Os legos: eu posso na verdade fazer construções para trabalhar a perceção visual ou o planeamento, também os posso utilizar para trabalhar a noção de igual, de grande/pequeno, na noção das cores ou até mesmo no apoio às adições e subtrações!
2. Os lápis de cor: posso realmente utilizá-los para o mais óbvio – o desenho e a pintura – enquanto trabalho a motricidade fina por exemplo, e posso também utilizá-los para que a criança ande pé-ante-pé entre as linhas do caminho de ferro que construiu para trabalhar o equilíbrio ou até mesmo para jogar ao mikado com crianças que tem dificuldade na impulsividade, preensão manual ou destreza.
3. O Balão: pode ser um aliado espetacular para trabalhar competências motoras como o apanhar, lançar ou pontapear tal como para relaxar seja enchendo e vazando o balão, seja usufruindo do toque do balão durante uma música bem calminha!
4. O Urso de Peluche: pode ser espetacular para o jogo simbólico permitindo-nos perceber como a criança vê e entende o mundo que a rodeia e também pode ser espetacular para trabalhar as partes do corpo ou o seguimento de instruções e a sua atenção.
Na terapia se sabemos o que queremos trabalhar, mesmo que tenhamos poucos brinquedos à nossa disposição, muito se pode fazer!…e em casa e na escola também! Só precisamos de afinar um bocadinho a nossa flexibilidade cognitiva!
Esta consciência dá-nos o poder de perceber e adaptar a nossa brincadeira e abordagem junto das crianças quando escolhem um brinquedo, possibilitando-nos trabalhar as competências que desejamos e atingir o nosso objetivo sempre dentro dos seus interesses e motivações!
E vocês, que competências trabalhariam com cada um destes brinquedos?